Minha vontade era que isso fosse uma música.
Não passei de sol, e chegando lá tive quase certeza de que não conseguiria.
E quando as minhas mãos não trêmulas te puxarem pela nuca,
o unico desejo de minha boca é o poder da sua.
Engolia à seco o remédio das dez horas,
tocando violão sem corda,
acalmando o coração que sem você chora.
Minha poesia de dia sete não tem ritmo,
a não ser o cardíaco.
Fico lembrando do seu sorriso,
que em rascunho,
decifro e descrevo em verso sujo.
Vontade de ter você aqui comigo
debaixo do edredom vermelho e vazio;
sem refrão.
O sono das dez e meia chega,
o ritmo - que não existia - se extingue.
E só.